Às gerações de hoje e àquelas que hão-de vir
Com honra aceitei o convite de participar no debate político na nova edição impressa deste nosso jornal O RIO.
Pedindo um artigo de orientação pública, dei voltas à cabeça para me decidir sobre que problema da actualidade me deveria debruçar.
Mas como são tantas as questões, tantos os “casos”, ser-me-ia difícil discorrer sobre qualquer tema sem cair na banalidade ou naquilo que é perceptível pela sensibilidade de todos nós.
E pareceu-me, caro leitor, que o princípio da actividade política é o mais crucial de todos os assuntos para debater consigo.
Pergunto-me, tal como você, onde está a força da população para que possa exercer o seu direito político de participar activamente nas decisões do seu presente e do futuro dos seus. E se a sua resposta for a de que a classe política é uma cambada de bandidos na qual é preferível nem pertencer, digo-lhe:
Muitos têm em Maquiavel o seu mestre – o poder como um fim – mas tantos outros trabalham em cada concelho, cada distrito e até no maior centro de decisão nacional sem deixar de acreditar nos princípios que os moveram primeiro.
Garanto-lhe que tantas vezes também eu me desiludo, mas não deixo hipotecar o futuro dos meus nas mãos daqueles que frequentemente mancham a história e dignidade do nosso país.
Eu acredito e persisto juntamente com aqueles que partilham dos meus valores. E acredito que posso contar consigo, qualquer que seja a sua camisola, para fazer valer a voz de todos nós.
Tânia Morais – JSD/PSD Moita